segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Desfile Cívico Municipal

Em homenagem a Emancipação Política de Alagoas o município de Colônia Leopoldina realizou nesta sexta-feira desfile pelas principais ruas da cidade, o mesmo estava marcado para iniciar às 08:00h, mas somente teve início às 11:30h. A falta de pontualidade e organização foi muito presente nesse desfile. Pessoalmente acredito ser um ato desumano, fazer com que jovens, professores, crianças e deficientes desfilem em pleno meio-dia, a temperatura estava altíssima, até mesmo a platéia estava sofrendo com o calor. Muitos pais tiraram seus filhos do desfile, muitos expectadores foram embora e com razão. Fala-se tanto em prevenir contra câncer de pele e acaba fazendo com que as pessoas fiquem expostas aos raios solares.

Outro fato que merece ser citado é a voz do locutor, tentando passar uma emoção ao qual nem mesmo ele estava sentido, quanto mais o povo. Tentam enfeitar demais e acabam esquecendo que a simplicidade é bem mais acessível para as pessoas.

Em relação ao discurso do nosso prefeito pode-se dizer que foi marcado pela descrição dos seus feitos: Posto do SAMU, Reforma das escolas,... Isso é muito bom, e de grande necessidade para esta cidade em desenvolvimento, mas falar que a saúde está excelente é um tanto que exagerado. Bem sabemos os grandes desafios que são enfrentados para se oferecer uma saúde de qualidade, diante disso é preciso que o governo mostre o que foi feito, as suas dificuldades, o que precisa fazer, pois as pessoas merecem saber da realidade e não de ilusões. Algumas comunidades deveriam conhecer por que a pelo menos dois meses não contam com a presença de um médico, deveriam saber o que está sendo feito, o que fazer se necessitar desse direito.

Não podemos esquecer da Banda Marcial do Antônio Lins da Rocha que até as vésperas do desfile não se sabia que iria se apresentar ou não, preferiria que não tivesse saído mesmo, assim como a do Aristheu de Andrade. Digo isso, não culpando os integrantes, eles fazem o que são direcionados a fazer. Repertório? Cadência? Estética? Alinhamento? Marcha? Cadê, o povo apenas ficou esperando, esperando o que realmente nós leopoldinenses somos capazes de fazer. Assim como na diversidade cultural mostrada no desfile, diversas regiões, diversos povos. Um tema excelente, que propôs aos alunos a oportunidade de conhecer e valorizar o povo do seu país e sua cultura. Lembro muito bem de alguns temas que merecem ser citados: Oktoberfest, Festa da Uva, Danças Afrobrasileiras, Empregos, pessoalmente não gostei do Tema Cordel Encantado, e por que um menino caracterizado de Padre Cícero carregou uma imagem do mesmo, não me recordo de ter visto isso na novela, tornou-se apenas uma sátira e uma escolha não muito inteligente. Tiveram muitos outros temas que realmente mostraram a criatividade e a competência do nosso povo, não deixando somente que as bandas de outros locais fizessem à festa. Uma solução seria um maestro por banda, e não um maestro que trabalhe com duas bandas, ou mais, e ainda tenha suas funções legislativa, pois música não é apenas improviso, mas responsabilidade e necessita de ensaios.

Por fim, aplaudo alunos, profissionais da educação, pais de aluno pelo grande desfile que fizeram.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Independência ou morte?

A Independência do Brasil é vista por muitos de forma resumida ao dia sete de setembro de 1822, enquanto ela foi consequência de vários fatores externo e internos. Algo que pode ser citado é a crise do sistema colonial, iniciada nesse país com grandes revoltas populares ocorridas a partir do século XVIII, entre elas a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Alfaiates. Outros fatos internacionais impulsionaram as ideias revolucionistas e abolicionistas como a Revolução Industrial, a Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa, que além de tudo abriram espaço para o desenvolvimento racional e intelectual dos brasileiros.
Vale lembrar que em dezembro de 1821 chegam ao Rio de Janeiro ordens que exigiam o retorno de Dom Pedro a Portugal, ele em 09 de janeiro de 1822 decide permanecer no Brasil (DIA DO FICO), um prenuncio da independência, anunciada com a frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico. Já aos dias 07 de setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga foi proclamado Independência ou Morte, anunciando a emancipação do nosso país. Em primeiro momento acreditava que ele tinha aderido as causas brasileiras rompendo com Portugal, mas não foi o visto em suas ações: noite das agonias (novembro de 1823), direitos especiais para portugueses declarados brasileiros, Constituição Brasileira de 1824 formada por portugueses que davam poderes extremos ao imperador, perda da Província Cisplatina .
A massa popular desejava um Brasil para os brasileiros, acreditava que Dom Pedro pudesse construir um novo país, com igualdade, fraternidade e liberdade, e não foi o que aconteceu, gerando mais conflitos populares, que desencadeou na abdicação do imperador, períodos de fracassos até chegarmos à formação da República.
É certo que O Grito do Ipiranga não alterou o cenário de vida das classes sociais baixas, aliás houve um maior favorecimento para os grandes latifundiários, houve o continuo uso da escravidão , além de grandes crises sociais, políticas e econômicas. Além da grande dívida que o Brasil contraiu com a Inglaterra, passando de mãos em mãos até os dias atuais.
A independência aconteceu, passamos de colônia para monarquia, e de certo modo, ainda hoje as pessoas simples são os sujeitos ativos desse acontecimento, principalmente quando pagam seus impostos, buscam seus direitos. Por fim cito um trecho do Hino da Independência: (...) Brava Gente Brasileira/Longe vá, temor servil; Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil.(...) Parabéns, oh Brasileiros, Já com garbo varonil/Do Universo entre as Nações Resplandece a do Brasil.
Parabéns a nossa Pátria, e que cada dia nós brasileiros tenhamos honra em defender nosso país, nosso lar, nossa familia.